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13/09/2016 10h29 – Atualizado em 13/09/2016 10h42

Número de revólveres achados em presídios já é maior do que o de 2015

De janeiro até 12 de setembro de 2016, agentes apreenderam 28 armas.
No ano passado inteiro, Seres retirou 21 armamentos das celas no estado

De janeiro até o dia 12 de setembro de 2016, a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres) apreendeu 28 armas de fogos nos presídios de Pernambuco. Isso significa que, a cada mês, pelo menos três revólveres e pistolas são encontrados nas celas das unidades do estado. O número de recolhimentos deste ano já é maior do que o registrado em 2015 inteiro, quando os agentes confiscaram 21 armamentos.
O número de armas de fogos retiradas das unidades prisionais é apenas mais uma mostra dos problemas registrados no estado. Brigas entre detentos com uso de revólveres foram registradas e acabaram em morte. Houve registro em abril e em junho, na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife.
No início de setembro, um confronto deixou detentos feridos no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. “Este ano, foram pelo menos 29 mortes nos presídios. A maioria ocorreu em motins e teve uso de facas e armas artesanais. Mas o problema dos revólveres é preocupante. Para cada arma de fogo apreendida, acredito que existam pelo menos duas escondidas”, afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindaspe-PE), João Carvalho.
Para o agente, o aumento do número de apreensões de armas de fogo refleta fragilidade da segurança das unidades. Atualmente, segundo o Sindaspe-PE, faltam efetivos para as guardas externa e interna das unidades. “No papel, nós temos até sete profissionais, por plantão, em uma unidade grande, como o Complexo do Curado. Mas, na prática, são três ou quatro. Os demais saem para fazer escoltas ou custódias de presos em hospitais. Sem falar na falta de pessoal nas guaritas”, afirmou.
Carvalho afirma que por causa da precariedade de vigilância, muitas armas entram nos presídios de uma forma que seria facilmente barrada, caso existisse um efetivo suficiente. “Pessoas ficam bem perto do muro e jogam o material para o pátio da unidade. Como não tem fiscalização interna, os detentos têm facilidade para recolher esse armamentos e as drogas”, declara.
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